Artigos Reconhecimentos

O Palácio e a Medina

A intervenção visa a criação de uma unidade hoteleira com 36 quartos, que se distribuem entre a construção pré-existente, um palácio setecentista, e uma construção nova que se reparte em vários volumes na extensa área de logradouro a tardoz.

O Palácio dos Tavares, quer pela sua imponência e proeminência na malha urbana circundante, quer pelo seu valor intrínseco como objeto arquitetónico, ocupa um lugar de destaque patrimonial e urbanístico na cidade de Tavira. A nobreza, proporção e escala das suas fachadas, com uma ornamentação sóbria, mas assertiva, conferem-lhe uma presença singular que importa conservar, recuperando a relação que em tempos terá tido com a cidade.

O piso térreo do Palácio assume desde logo uma importância fundamental na instalação do programa. É a ligação do hotel com a praça e com a cidade, uma relação de reciprocidade que lhes confere uma dinâmica e valores acrescentados, a nível urbanístico, cultural, turístico e funcional.

Esta ideia de recuperação de uma antiga vida é transversal a toda a intervenção. As fachadas serão reabilitadas de forma a resgatar a integridade dos elementos arquitetónicos, com destaque para as pilastras, frisos, varandas e entablamentos de cantaria.

O programa desenvolve-se assim nestes dois eixos – a reabilitação e adaptação da Pré-existência e a construção nova que, pela sua disposição fragmentada, evoca a ambiência de uma medina.

Pretende-se que este novo corpo do hotel não seja uma construção massiva e uniforme, mas antes que adote uma escala mais orgânica, serpenteante, consonante com a malha urbana envolvente do centro histórico de Tavira.

Os terraços e pátios surgem como chave para a resolução do programa da medina, remetendo para a influência árabe no sul de Portugal, e também para o quotidiano da população do sotavento e da sua relação com o mar – onde o terraço assume um papel central como local de observação e vigília, de arrumo ou de secagem de alimentos, ou simples zona de estar para aproveitar as tardes de verão.

 

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A intervenção visa a criação de uma unidade hoteleira com 36 quartos, que se distribuem entre a construção pré-existente, um palácio setecentista, e uma construção nova que se reparte em vários volumes na extensa área de logradouro a tardoz.

O Palácio dos Tavares, quer pela sua imponência e proeminência na malha urbana circundante, quer pelo seu valor intrínseco como objeto arquitetónico, ocupa um lugar de destaque patrimonial e urbanístico na cidade de Tavira. A nobreza, proporção e escala das suas fachadas, com uma ornamentação sóbria, mas assertiva, conferem-lhe uma presença singular que importa conservar, recuperando a relação que em tempos terá tido com a cidade.

O piso térreo do Palácio assume desde logo uma importância fundamental na instalação do programa. É a ligação do hotel com a praça e com a cidade, uma relação de reciprocidade que lhes confere uma dinâmica e valores acrescentados, a nível urbanístico, cultural, turístico e funcional.

Esta ideia de recuperação de uma antiga vida é transversal a toda a intervenção. As fachadas serão reabilitadas de forma a resgatar a integridade dos elementos arquitetónicos, com destaque para as pilastras, frisos, varandas e entablamentos de cantaria.

O programa desenvolve-se assim nestes dois eixos – a reabilitação e adaptação da Pré-existência e a construção nova que, pela sua disposição fragmentada, evoca a ambiência de uma medina.

Pretende-se que este novo corpo do hotel não seja uma construção massiva e uniforme, mas antes que adote uma escala mais orgânica, serpenteante, consonante com a malha urbana envolvente do centro histórico de Tavira.

Os terraços e pátios surgem como chave para a resolução do programa da medina, remetendo para a influência árabe no sul de Portugal, e também para o quotidiano da população do sotavento e da sua relação com o mar – onde o terraço assume um papel central como local de observação e vigília, de arrumo ou de secagem de alimentos, ou simples zona de estar para aproveitar as tardes de verão.