Sofia juntou-se à equipa administrativa do Fragmentos em 2017, e, em 2023 torna-se Coordenadora de Recursos Humanos. Leia a biografia completa aqui.
Viveu alguns anos no Brasil. Como é que esta experiência a influenciou como pessoa e como profissional?
Vivi no Rio de Janeiro quase 4 anos e tal como escreveu Vinícius de Moraes, ser carioca “é antes de mais um estado de espírito”. E esse “estado de espírito” contagia. A alegria de viver, o espírito de festa, a simpatia e a forma descontraída de ver a vida dos cariocas, contagiou-me. E foi no Brasil que fui mãe pela primeira vez e onde acabei por ter 3 filhos. E ser mãe é, sem dúvida, um papel que nos prepara também para o mundo do trabalho. Resiliência, gestão de tempo e prioridades, multitasking, flexibilidade, disciplina e organização, são também influências que trago desta minha experiência no Brasil.
A criação de um Departamento de Recursos Humanos é um passo importante e, muitas vezes, sinal de maturidade de uma empresa. Como é que encara este novo desafio na sua carreira?
Acho que a criação deste departamento no atelier foi, sem dúvida, um sinal de maturidade. O atelier começou com quatro amigos, com uma gestão quase familiar e cresceu muito nos últimos anos, hoje somos 55 pessoas. Apesar da liderança do atelier ter, desde o início, como foco não só os resultados, mas também as pessoas agora temos formalmente e na estrutura um departamento que trata destes temas. Acredito, seriamente, que as pessoas são o bem mais precioso das organizações e como tal é essencial investir na gestão de pessoas. Poder ajudar nesta área é um desafio que agarrei, obviamente, com grande entusiasmo.
O Fragmentos tem investido, cada vez mais, na formação dos seus colaboradores. Que formações destaca para os próximos tempos?
A formação dos colaboradores é imprescindível e uma preocupação crescente do atelier. Queremos que os nossos colaboradores possam evoluir e progredir a nível de competências, valores e conhecimentos e o plano de formação é pensado, precisamente, para desenvolver e potenciar este crescimento. Para além das formações para o desenvolvimento de competências técnicas onde são trabalhadas áreas e temáticas com as quais os colaboradores não estão tão familiarizados, tornando-se mais eficazes e eficientes nas suas funções (grande investimento na formação em Revit, por exemplo) vamos continuar a trabalhar no desenvolvimento de competências transversais, as soft skills, essenciais para o desenvolvimento de aptidões sociais e relacionais.
Quais são, na sua ótica, os fatores mais importantes para garantir a motivação e compromisso dos colaboradores?
A questão da motivação dos colaboradores é, para mim, o maior dos desafios. Uma equipa ou organização dificilmente terá sucesso se os seus colaboradores não estiverem motivados e comprometidos. Mas há variadíssimos fatores que condicionam a motivação dos colaboradores e cada colaborador é estimulado de uma forma única e por coisas diferentes, daí ser tão importante conhecer os colaboradores (quem são, que objetivos têm etc.). Para além da motivação intrínseca, estimulada por objetivos e interesses pessoais, existe também a motivação extrínseca, relacionada com fatores externos que nós, organizações, conseguimos identificar e estimular.
Destaco alguns fatores: o reconhecimento, valorização do trabalho e feedback dos líderes; remuneração e benefícios; o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional; plano de carreira e expetativas de crescimento; e participação nas decisões.