Artigos Reconhecimentos

#06 O individual e a equipa, como conciliar?

Gerir uma empresa implica saber balançar as várias pessoas que a compõem. Saber passar os valores, os métodos e a linguagem da equipa sem anular o que há de tão especial em cada um. Neste sexto vídeo da série Doze meses, doze temas, Miguel Martins Santos e Sofia Cunha Pereira falam-nos de pessoas e da importância de saber conciliar as dinâmicas individuais no contexto da gestão de equipas. 

 

O individual e a equipa, como conciliar?

Eu diria que conciliar o individual e o grupo é, sem dúvida, um desafio mas também o segredo do sucesso de qualquer equipa e de qualquer organização. Há algumas características que eu acho fundamentais para esta conciliação. Nomeadamente, a comunicação, uma comunicação aberta entre as pessoas, entre as chefias e uma resolução de conflitos que ouça cada pessoa e assegure o lugar de cada opinião. Vamos ter sempre pessoas diferentes, com diferentes aspirações e diferentes objetivos, nesse sentido não poderemos agradar a todos, mas a gestão deve sempre ser pensada tendo essa preocupação com cada um, ouvindo as pessoas, e tentando, naturalmente, que as pessoas se integrem e sintam que fazem parte de um todo. Basicamente, chegar a todos um a um. Em que cada pessoa sente que faz parte de um grupo e assim faz o grupo funcionar. (Sofia Cunha Pereira)

Partindo da resposta da Sofia, quero frisar esta ideia essencial de que cada pessoa é uma pessoa. E é cada pessoa, cada individualidade, que vai trazer riqueza ao conjunto. O Fragmentos é um exemplo disso, diria até que o segredo está quase no nome que nós escolhemos! Percebemos logo, desde muito cedo, que seriam os vários fragmentos que, juntos, iriam formar um todo forte. O Fragmentos não nasce apenas de uma pessoa, começámos três e rapidamente nos tornámos quatro, e, acredito, que esta génese contribuiu muito para que desenvolvêssemos esta visão centrada na diferença e na riqueza da diversidade. Não temos de ser todos iguais, nem pensar da mesma maneira. É sempre interessante ter pessoas mais irreverentes, pessoas diferentes, e até com mau feitio — o meu não é dos melhores — mas isso também traz uma certa graça ao atelier e a uma empresa, é essa diversidade que, no fundo, acrescenta. O desafio passa por pegar nessa individualidade, nessa criatividade, enaltecer aquilo que cada pessoa pode ou quer acrescentar, e também acolher os seus anseios, tendo sempre em mente que, no final do dia, o todo é aquilo que importa. (Miguel Martins Santos)

 

Que conselho daria a quem gere uma equipa grande?

Não consigo falar neste tema sem recuar trinta anos ao início do Fragmentos. Como o Miguel disse, o Fragmentos surge com três sócios que rapidamente se tornam quatro e que são de facto amigos. E, desde esse início, as pessoas sempre foram a preocupação, são valores que estão no nosso ADN e que queremos perpetuar no Fragmentos. Esta ideia de que as pessoas não são números, são pessoas é muito forte e é essencial. Cada pessoa com as suas individualidades e as suas características assume o seu papel e o seu lugar num grupo, e isso tem de ser tido em conta. Respondendo à questão, diria que um dos pontos principais na gestão de uma equipa grande é garantir a felicidade de todos. As pessoas procuram ser felizes no seu local de trabalho e há uma parte que depende de cada um, mas as organizações têm um papel na criação de bases para potenciar isto. É fundamental que cada pessoa se sinta bem, confortável e que tem um lugar na sua empresa. (Sofia Cunha Pereira)

A arquitetura é um trabalho muito intenso, há uma certa intensidade naquilo que é o ato criativo. Ao limite, nós podemos sempre fazer melhor do que aquilo que já fizemos. E nesta intensidade é preciso haver espaços para respirar, para rir, para dizer disparates, mesmo para errar. Uma empresa tem de criar este espaço, afirmar-se como uma estrutura sólida para que as pessoas possam sentir que têm ali uma base, um apoio. É absolutamente fundamental estarmos felizes e confortáveis num sítio em que passamos tantas horas. Potenciar este ambiente e este conforto pode passar, também, por criar um departamento de Recursos Humanos, por ter alguém ou uma equipa com a função principal de ouvir as pessoas, cuidar das pessoas e garantir que o espaço de trabalho é um espaço seguro, onde todos se sentem bem. Quem faz a gestão de uma equipa grande tem de ter isto em conta. É essencial dar tempo aos outros, ouvir os outros, conhecer os anseios dos outros, sem nunca perder esta ideia de todo. Porque se o todo não funcionar enquanto todo, não vai funcionar para ninguém em particular. Esse é o melhor conselho que posso dar. (Miguel Martins Santos)

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Gerir uma empresa implica saber balançar as várias pessoas que a compõem. Saber passar os valores, os métodos e a linguagem da equipa sem anular o que há de tão especial em cada um. Neste sexto vídeo da série Doze meses, doze temas, Miguel Martins Santos e Sofia Cunha Pereira falam-nos de pessoas e da importância de saber conciliar as dinâmicas individuais no contexto da gestão de equipas. 

 

O individual e a equipa, como conciliar?

Eu diria que conciliar o individual e o grupo é, sem dúvida, um desafio mas também o segredo do sucesso de qualquer equipa e de qualquer organização. Há algumas características que eu acho fundamentais para esta conciliação. Nomeadamente, a comunicação, uma comunicação aberta entre as pessoas, entre as chefias e uma resolução de conflitos que ouça cada pessoa e assegure o lugar de cada opinião. Vamos ter sempre pessoas diferentes, com diferentes aspirações e diferentes objetivos, nesse sentido não poderemos agradar a todos, mas a gestão deve sempre ser pensada tendo essa preocupação com cada um, ouvindo as pessoas, e tentando, naturalmente, que as pessoas se integrem e sintam que fazem parte de um todo. Basicamente, chegar a todos um a um. Em que cada pessoa sente que faz parte de um grupo e assim faz o grupo funcionar. (Sofia Cunha Pereira)

Partindo da resposta da Sofia, quero frisar esta ideia essencial de que cada pessoa é uma pessoa. E é cada pessoa, cada individualidade, que vai trazer riqueza ao conjunto. O Fragmentos é um exemplo disso, diria até que o segredo está quase no nome que nós escolhemos! Percebemos logo, desde muito cedo, que seriam os vários fragmentos que, juntos, iriam formar um todo forte. O Fragmentos não nasce apenas de uma pessoa, começámos três e rapidamente nos tornámos quatro, e, acredito, que esta génese contribuiu muito para que desenvolvêssemos esta visão centrada na diferença e na riqueza da diversidade. Não temos de ser todos iguais, nem pensar da mesma maneira. É sempre interessante ter pessoas mais irreverentes, pessoas diferentes, e até com mau feitio — o meu não é dos melhores — mas isso também traz uma certa graça ao atelier e a uma empresa, é essa diversidade que, no fundo, acrescenta. O desafio passa por pegar nessa individualidade, nessa criatividade, enaltecer aquilo que cada pessoa pode ou quer acrescentar, e também acolher os seus anseios, tendo sempre em mente que, no final do dia, o todo é aquilo que importa. (Miguel Martins Santos)

 

Que conselho daria a quem gere uma equipa grande?

Não consigo falar neste tema sem recuar trinta anos ao início do Fragmentos. Como o Miguel disse, o Fragmentos surge com três sócios que rapidamente se tornam quatro e que são de facto amigos. E, desde esse início, as pessoas sempre foram a preocupação, são valores que estão no nosso ADN e que queremos perpetuar no Fragmentos. Esta ideia de que as pessoas não são números, são pessoas é muito forte e é essencial. Cada pessoa com as suas individualidades e as suas características assume o seu papel e o seu lugar num grupo, e isso tem de ser tido em conta. Respondendo à questão, diria que um dos pontos principais na gestão de uma equipa grande é garantir a felicidade de todos. As pessoas procuram ser felizes no seu local de trabalho e há uma parte que depende de cada um, mas as organizações têm um papel na criação de bases para potenciar isto. É fundamental que cada pessoa se sinta bem, confortável e que tem um lugar na sua empresa. (Sofia Cunha Pereira)

A arquitetura é um trabalho muito intenso, há uma certa intensidade naquilo que é o ato criativo. Ao limite, nós podemos sempre fazer melhor do que aquilo que já fizemos. E nesta intensidade é preciso haver espaços para respirar, para rir, para dizer disparates, mesmo para errar. Uma empresa tem de criar este espaço, afirmar-se como uma estrutura sólida para que as pessoas possam sentir que têm ali uma base, um apoio. É absolutamente fundamental estarmos felizes e confortáveis num sítio em que passamos tantas horas. Potenciar este ambiente e este conforto pode passar, também, por criar um departamento de Recursos Humanos, por ter alguém ou uma equipa com a função principal de ouvir as pessoas, cuidar das pessoas e garantir que o espaço de trabalho é um espaço seguro, onde todos se sentem bem. Quem faz a gestão de uma equipa grande tem de ter isto em conta. É essencial dar tempo aos outros, ouvir os outros, conhecer os anseios dos outros, sem nunca perder esta ideia de todo. Porque se o todo não funcionar enquanto todo, não vai funcionar para ninguém em particular. Esse é o melhor conselho que posso dar. (Miguel Martins Santos)