Artigos Reconhecimentos

Spotlight: Maria do Rosário Jacinto

 

Em 2013, junta-se à equipa do Fragmentos e em 2016 assume as funções de coordenadora de projeto e de responsável pelos pelouros de new business e comunicação. Dois anos mais tarde, torna-se uma das arquitetas associadas do atelier. Leia a biografia completa aqui.

 

Começou a sua carreira em Copenhaga. Como vê as diferenças e aproximações entre Portugal e a Dinamarca?

Fui para Copenhaga, no seguimento do fim do curso, à procura de uma experiência profissional internacional. A Dinamarca é, tal como Portugal, um pais pequeno e com uma forte tradição na arquitetura. Há obviamente diferenças na aproximação ao projeto até porque são sociedades e geografias diferentes, e tudo isso se reflete no desenho do espaço, mas o que me motivou a procurar esta experiência foi a possibilidade de intervir à escala urbana num momento em que, em Portugal, havia muito pouco trabalho com escalas semelhantes. Nos 3XN trabalhei no departamento de concursos, um ambiente muito criativo e com muito espaço para a experimentação. Havia um enorme cuidado com a forma e da sua relação com a envolvente direta, privilegiando num primeiro momento a criação de um conceito, uma história. Ainda hoje procuro ter esta abordagem ao projeto.

Qual a dualidade entre as responsabilidades da maternidade e de uma carreira num cargo de direção?

Sempre me foram dadas oportunidades de crescer no Fragmentos mesmo com a minha família a crescer. A fase de crescimento mais acelerado do Fragmentos acontece mesmo em paralelo com o nascimento das minhas filhas. Não me afastei por completo do atelier durante a licença de maternidade, por opção. Obviamente não tinha disponibilidade para me envolver em projeto, mas continuei a acompanhar o trabalho de comunicação que não exigia a minha presença em permanência. A maior dificuldade foi reencontrar o equilíbrio depois de ter sido mãe porque queria continuar a ter a mesma disponibilidade para o atelier e ao mesmo tempo acompanhar a minha família. Organizei-me para fazer a minha vida a pé, com casa, escola e trabalho num raio de 15 minutos e isso permitiu-me ter uma flexibilidade para gerir a minha presença quer em casa quer no atelier. Hoje em dia trabalha-se de qualquer lado mas gosto de estar presente no dia-a-dia do atelier, e por isso para mim foi importante criar esta proximidade que me dá uma grande flexibilidade. Não senti nunca que tivesse que escolher entre a progredir na carreira ou acompanhar a minha família. Apesar do crescimento o Fragmentos é um atelier familiar liderado por pessoas com uma forte componente humana.

Durante vários anos foi responsável pela fase de Concept Design no Fragmentos. É aí que se sente mais desafiada a projetar?

É a fase mais criativa e também mais sensível do projeto. O vazio da folha em branco. Desenvolver um conceito em equipa, que se adapte ao local, contando uma história que encaixe o programa, encontrando um caminho que seja legalmente enquadrável e que reflita o que o cliente procura é um enorme desafio. Continua a ser a fase em que me envolvo com maior entusiasmo por ser tão dinâmica e decisiva para o desenvolvimento do projeto. É uma fase muito rica de troca de ideias, com avanços e recuos de decisões, procura de inspiração, resolução de novos desafios. Todos estes componentes são variáveis e acresce ser a fase em que, tendencialmente, o projeto evolui com maior velocidade. Acho esta volatilidade no arranque de projeto muito estimulante no exercício de projetar.

 

Em 2013, junta-se à equipa do Fragmentos e em 2016 assume as funções de coordenadora de projeto e de responsável pelos pelouros de new business e comunicação. Dois anos mais tarde, torna-se uma das arquitetas associadas do atelier. Leia a biografia completa aqui.

 

Começou a sua carreira em Copenhaga. Como vê as diferenças e aproximações entre Portugal e a Dinamarca?

Fui para Copenhaga, no seguimento do fim do curso, à procura de uma experiência profissional internacional. A Dinamarca é, tal como Portugal, um pais pequeno e com uma forte tradição na arquitetura. Há obviamente diferenças na aproximação ao projeto até porque são sociedades e geografias diferentes, e tudo isso se reflete no desenho do espaço, mas o que me motivou a procurar esta experiência foi a possibilidade de intervir à escala urbana num momento em que, em Portugal, havia muito pouco trabalho com escalas semelhantes. Nos 3XN trabalhei no departamento de concursos, um ambiente muito criativo e com muito espaço para a experimentação. Havia um enorme cuidado com a forma e da sua relação com a envolvente direta, privilegiando num primeiro momento a criação de um conceito, uma história. Ainda hoje procuro ter esta abordagem ao projeto.

Qual a dualidade entre as responsabilidades da maternidade e de uma carreira num cargo de direção?

Sempre me foram dadas oportunidades de crescer no Fragmentos mesmo com a minha família a crescer. A fase de crescimento mais acelerado do Fragmentos acontece mesmo em paralelo com o nascimento das minhas filhas. Não me afastei por completo do atelier durante a licença de maternidade, por opção. Obviamente não tinha disponibilidade para me envolver em projeto, mas continuei a acompanhar o trabalho de comunicação que não exigia a minha presença em permanência. A maior dificuldade foi reencontrar o equilíbrio depois de ter sido mãe porque queria continuar a ter a mesma disponibilidade para o atelier e ao mesmo tempo acompanhar a minha família. Organizei-me para fazer a minha vida a pé, com casa, escola e trabalho num raio de 15 minutos e isso permitiu-me ter uma flexibilidade para gerir a minha presença quer em casa quer no atelier. Hoje em dia trabalha-se de qualquer lado mas gosto de estar presente no dia-a-dia do atelier, e por isso para mim foi importante criar esta proximidade que me dá uma grande flexibilidade. Não senti nunca que tivesse que escolher entre a progredir na carreira ou acompanhar a minha família. Apesar do crescimento o Fragmentos é um atelier familiar liderado por pessoas com uma forte componente humana.

Durante vários anos foi responsável pela fase de Concept Design no Fragmentos. É aí que se sente mais desafiada a projetar?

É a fase mais criativa e também mais sensível do projeto. O vazio da folha em branco. Desenvolver um conceito em equipa, que se adapte ao local, contando uma história que encaixe o programa, encontrando um caminho que seja legalmente enquadrável e que reflita o que o cliente procura é um enorme desafio. Continua a ser a fase em que me envolvo com maior entusiasmo por ser tão dinâmica e decisiva para o desenvolvimento do projeto. É uma fase muito rica de troca de ideias, com avanços e recuos de decisões, procura de inspiração, resolução de novos desafios. Todos estes componentes são variáveis e acresce ser a fase em que, tendencialmente, o projeto evolui com maior velocidade. Acho esta volatilidade no arranque de projeto muito estimulante no exercício de projetar.