Amaro da Costa
Conforto e luz solar no interior de cada habitação
Os edifícios que compõem o conjunto, embora em lotes distintos e diferentes em área e volumetria, partilham da vontade de orientar as vistas para Sul, Sudeste, que se materializa no desenho de um conjunto de planos verticais oblíquos que variam de dimensão nos diversos pisos.
A implantação dos edifícios procurou tirar o melhor partido da orientação e exposição solar, promovendo a privacidade das vistas e conforto visual dos espaços interiores, orientando a expressão dos vãos para esta finalidade. Os edifícios que compõem o conjunto, embora em lotes distintos e diferentes em área e volumetria, partilham desta vontade de orientar as vistas para Sul, Sudeste, que se materializa no desenho de um conjunto de planos verticais oblíquos que variam de dimensão nos diversos pisos. Os vãos deixam-se interromper por lajes em betão aparente, num jogo rítmico de luz e sombra que imprime aos volumes uma materialidade muito particular, com especial expressão nas fachadas laterais.
A tardoz, os vãos são mais estreitos e discretos, pontuados pelo recuo das varandas. Procurou-se, ainda, acrescentar contemporaneidade ao edifício e ao local de intervenção sem desvirtuar a relação com a envolvente, procurando o enriquecimento das características morfológicas. Nos dois volumes, sete pisos acima do solo distribuem 16 frações habitacionais com tipologias entre o T2 e o T4.
Localização, Cascais, Portugal
Cliente, A. Santo
Área, 14.301 m2
Fase, Construído
Ano, 2021 - 2024
Arquitetura, Duarte Pinto-Coelho, Jorge Ferreira, Magda Rocha, Maria do Rosário Jacinto, Marta Alves, Rita Costa, Tiago Ornelas (in-house), Anabela Antunes, Bárbara Lopes
Especialidades, GEG
Construtora, A. Santo
Medições, Hugo Pombo
Fotografia, Tiago Sales
Embora se trate de edifícios com altura e área de implantação considerável, a visão geral do conjunto transmite-nos leveza, graças ao vazamento dos pisos térreos e recuo dos últimos pisos. Para esta imagem desmassificada vêm ainda contribuir os espaços exteriores comuns, onde zonas ajardinadas se articulam com caminhos pedonais e a vegetação assume um papel dominante e modelador da relação com a envolvente.