Situado entre a colina de Alfama e o Rio Tejo, este edifício refletia a sobreposição de diferentes épocas e funções, apresentando uma complexa estratigrafia construtiva que exigiu um profundo estudo arqueológico e arquitetónico antes da intervenção.
Palácio do Tejo
Situado entre a colina de Alfama e o Rio Tejo, este edifício refletia a sobreposição de diferentes épocas e funções, apresentando uma complexa estratigrafia construtiva que exigiu um profundo estudo arqueológico e arquitetónico antes da intervenção.

O projeto de reabilitação foi guiado pelo respeito à identidade do edifício, assegurando a permanência dos elementos estruturais e decorativos de elevado valor patrimonial. Foram cuidadosamente preservadas a escadaria principal, a galeria abobadada do piso térreo, pavimentos em madeira, cantarias, gradeamentos em ferro, varandas de sacada, um pilar central em pedra e revestimentos azulejares


Localização, Lisboa, Portugal
Cliente, Privado
Área, 2.860 m2
Fase, Construído
Ano, 2021-2024
Arquitetura, Fragmentos
Especialidades, Projectual, JSJ Structural Engineering
Fiscalização, Ricardo Sampaio
Construtora, Udra
Medições, Hugo Pombo
Fotografia, Francisco Nogueira
Conheça o processo aqui.

A abordagem arquitetónica centrou-se na recuperação destes elementos sem comprometer a integridade do edifício, enquanto introduziu soluções contemporâneas que garantem a funcionalidade e habitabilidade exigidas atualmente. A intervenção respeitou a estrutura preexistente, minimizando alterações na volumetria e na organização espacial. O piso térreo foi mantido para uso comercial, enquanto os pisos superiores foram convertidos em residências, organizadas em torno do pátio original, resgatando a atmosfera das antigas vilas lisboetas.


A introdução de trapeiras e pequenos terraços permitiu melhorar as condições de iluminação e ventilação natural, promovendo uma melhor relação com a envolvente urbana. Sustentabilidade e eficiência energética foram premissas fundamentais da intervenção, privilegiando soluções construtivas que asseguram conforto térmico e acústico sem comprometer a autenticidade histórica do edifício. Esta abordagem integra o Palácio do Tejo no património reabilitado da cidade, valorizando a memória urbana e arquitetónica de Lisboa.

