Camilo Castelo Branco 2
A conversão do atelier

Aqui, o desafio era diferente. Era o nosso próprio espaço de trabalho, a nossa casa, e por isso lançámos um concurso interno: desenhar o escritório, conscientes de todos os desafios e do modo de pensar do atelier.
O novo espaço vinha ocupar um lugar convencional para uma loja, diretamente ligado à rua através de um grande vão, que pela sua luz natural amplificava a sensação espacial, mas por outro atraia os olhares exteriores. Através da inclusão de painéis pivotantes, a entrada passou a contemplar um espaço expositivo, simultaneamente capaz de garantir a proteção do ambiente de trabalho.
No átrio central encontra-se um espaço de transição e acolhimento que se estende às diferentes zonas do atelier: uma área de trabalho (salas de reunião) onde os visitantes são recebidos e outra exclusivamente para uso privado. Estes dois espaços são unidos por uma grande área aberta, mutante e flexível que pode servir de receção ou anfiteatro.


Localização, Lisboa, Portugal
Cliente, Fragmentos
Área, 278 m2
Fase, Construído
Ano, 2019 - 2020
Arquitetura, João Torres, Magda Rocha, Miguel Vivas, Rita Costa (in-house)
Especialidades e fiscalização, Cláudia Rodrigues, David Ferreira, João Feliciano, João Paulo Branco, Vinícius Cordeiro (in-house)
Fotografia, Lourenço Teixeira de Abreu
Para mais detalhes, Pinterest

Numa área mais resguardada, são desenhadas as casas de banho e copa que terminam com um espaço aberto, que traz luz, ar e natureza para dentro de nossa casa.


Uma premissa importante para o atelier era a eficácia na distribuição dos espaços. Na área de trabalho reduzimos a circulação ao mínimo, criando uma planta livre onde o corredor central, que percorre quase todo o eixo longitudinal, é utilizado para reuniões informais. Como que se de ramificações se tratasse, os núcleos de trabalho surgem sob a forma de células, em parte protegidas por painéis de correr acústicos, permitindo um clima de intimidade absoluta às várias equipas de trabalho.


